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quarta-feira, julho 17, 2013

O turismo tupiniquim, de meia tijela e "à la carte" do Brazil...

Aeroporto Internacional Itamar Franco - Rio Novo e Goianá - MG: Inativo



O turismo tupiniquim, de meia tijela e "à la carte" do Brazil...
Fatos - Reclames - Relatos - Negociações

Vila Trindade, Paraty - Rio de Janeiro, Brazil.
Raridade paradisíaca no Parque Nacional da Serra da Bocaina, decretado em 1972! De um lado, montanhas da Mata Atlântica. De outro, o mar intocável, praias virgens e a Vila, à beira-mar e sem asfalto. Apenas 1.400 moradores.
Na Mata Atlântica, na Costa Verde, Trindade é antiga vila de índios caiçaras. Seus descendentes, os "trindadeiros", mantêm tradições centenárias.
Bairro de Paraty, dista 23 km do centro da histórica cidade, apresenta estatística impressionante: em cada 100 - repito, 100 turistas estrangeiros que visitam Paraty, 60 visitam Trindade.
Na década de 1970 a Vila era 'alternativa', recebia hippies e andarilhos do mundo inteiro. Com passar dos anos e maior exposição de Paraty no trade internacional, a Vila Trindade evoluiu por forças próprias e sem rumo, de hippies para euros e dólares de ingleses, holandeses, argetinos, australianos, uruguaios etc. etc. Paulistas, cariocas, mineiros e etc. também.
Hoje, com 39 Pousadas e vários campings, Trindade recebe na alta temporada, feriados prolongados, Carnaval e Revellion média de 5.000 turistas nacionais e internacionais hospedados e mais 2.000 visitantes de Paraty nos períodos. O turismo receptivo é motor da economia local e quebra paradigmas entre tradições caiçaras e o avanço do turismo ambiental.
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Conheço a Vila Trindade. Lá morei 3 anos em períodos alternados, sendo 1,1 ano corrido. Minha irmã lá tem Pousada há 18 anos. A gerencio nos últimos anos quando ela e cunhado necessitam viajar a trabalho ou férias. Portanto, conhecimento de causa como cidadão e profissional de marketing.
Mas para o desenvolvimento sustentável do turismo ambiental da Vila Trindade faltam:
1. Presença atuante e sistemática de Secretarias de Turismo estadual e municipal, Embratur, Ibama e - porque não incluir, Universidade Federal do RJ e seus departamentos de Turismo e Meio Ambiente, para discutir políticas públicas para o turismo receptivo. A Vila mal sabe pronunciar "good morning" ou "breakfast"...;
2. Presença atuante do Sebrae-RJ preparando o turismo receptivo local com visão empreendedora e emparelhado com a AMOT - Associação de Moradores de Trindade (também até o momento despreparada para discussão de políticas públicas sócio-econômica-ambientais);
3. Centro de Recepção e Informações a turistas, trilingue, encaminhando visitantes estrangeiros e nacionais novatos;
4. Terminal de Banco 24 hs, atendendo necessidades locais e de visitantes;
5. Fiscalização atuante do Ibama - e departamentos, no controle sistêmico do Parque Nacional que divisa com a Vila. Invasões ilegais são históricas e periódicas. Idem para Polícia Florestal.
Dá tristeza ver a sujeira que volta-e-meia ronda praias naturais e o famoso Caixadaço (piscina natural) etc.
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Não fosse o suficiente, vou de um extremo - turismo ambiental e ecológico, a outro, o turismo de negócios do novo
Aeroporto Internacional da Zona da Mata Mineira (Aeroporto Itamar Franco):
1. Obra agarrada há 11 anos, custosa de ser concluída, hoje em parte ociosa na atuação plena por falta de planejamento de gestão pública, sendo o quarto maior Aeroporto do País;
2. Goianá, pequena cidade rural a 34 km. de Juiz de Fora (a capital regional da Zona da Mata Mineira), divide com a cidade de Rio Novo a localização do Aeroporto. Mas políticas públicas incipientes tornam-o - ainda, um elefante branco, Falta tanto para colocá-lo 100% em operação. Mas trâmites da "burrocracia" o emperram, há 11 anos. Por isso, um quase "elefante branco"...
Relatos: Por MGTV, TV Integração, de Goianá - 11.01.2013:
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Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, a expectativa é de aumento na movimentação do Aeroporto Regional da Zona da Mata. Inaugurado em novembro de 2011, o espaço passa por melhorias, e um dos principais objetivos agora é conseguir a internacionalização, segundo a direção."
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Desde o início do funcionamento até o final de 2012, 87 mil passageiros utilizaram os serviços do Aeroporto Presidente Itamar Franco, sendo 65 mil apenas em 2012. De acordo com o diretor do terminal, Denílson Duarte, a expectativa é de um aumento de 20% para 2013 em relação ao ultimo ano. O quadro de funcionários também deve crescer cerca de 40%, de acordo com ele.
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Atualmente são realizados quatro voos diários com destino único: Campinas. Há apenas uma companhia aérea, mas o diretor afirma que as grandes empresas já visitaram e gostaram do local. 'Elas saíram daqui sempre com um feedback muito positivo do nosso aeroporto, que já está virando uma referência nacional. Isso é muito importante para nós. O que surpreende também é que, além de companhias aéreas regulares de passageiros, também está crescendo muito aqui a aviação executiva', acrescenta o diretor.
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Vejamos as carências:
1. Presença atuante e sistemática de Secretarias de Turismo e Indústria e Comércio estadual e municipal (Goianá e Rio Novo sequer as constituíram ainda), Embratur (e outros, a lista é grande) - e porque não incluir, Universidade Federal de MG e de Juiz de Fora, seus departamentos de Turismo, Negócios, Comércio Exterior etc., para discutir e implantar políticas públicas para o turismo de negócios. Goianá e Rio Novo mal sabem pronunciar "good morning" ou "breakfast"...;
2. Presença atuante do Sebrae-MG preparando o turismo receptivo/emissivo local com visão empreendedora e emparelhado com Prefeituras, Associações Comerciais, Federação das Indústrias etc. regionais, pois as duas cidades ainda são despreparadas para a discussão de políticas públicas sócio-econômica-ambientais. Sim, ambientais, porque o impacto ambiental que uma obra portentosa como essa causará tem que ser previsto e, principal, as cidades preparadas para esse impacto;
3. Centro de Recepção e Informações a turistas, trilingue, encaminhando visitantes estrangeiros e nacionais nas duas cidades, turismo esse que fomenta o crescimento econômico e social da Zona da Mata Mineira;
4. Banco em Goianá agenciado, a cidade tem um caixa BB, um Banco cooperativado e terminal de serviços Bradesco atendendo necessidades locais e de visitantes;
Dá tristeza ver sonhos e esperanças dos moradores de Goianá sobre o "novo Aeroporto" e como ele beneficiará à cidade. Ainda falta muito.
Mas a exploração e valorização imobiliários já explodiu na cidade.
Há mais temas aqui a incluir, mas o artigo ficaria dantesco e gigantesco!
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Que País é este que trata sua maior pérola rara, o turismo (O maior PIB mundial na economia!), com tanta desfaçatez, falta de planejamento e visão de futuro?
Tenho dito!

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