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terça-feira, outubro 11, 2011

O Brasil e seus aterros de lixo - Parte II: Costa Verde

Publiquei neste, em 09.04.10, artigo intitulado "o Brasil e seus aterros de lixo". Vide no Blog.
Ironia do destino, de 1º de maio de 2010 a 7 de maio deste ano, morei na Vila Trindade, vila de pescadores e caiçaras e bairro de Paraty RJ, na maravilhosa Mata Atlântica tombada, na famosa Costa Verde. Região paradisíaca e de enormes e chocantes conflitos sociais.
De um lado, iates maravilhosos nas marinas e condomínios luxuosissímos e exclusivos...
De outro, a miserabilidade reinando nas encostas das montanhas, para os menos favorecidos...
Lembro-me bem que, no revellion de 2010-11, lágrimas caíam nos meus olhos a cada fala de matéria da Band mostrando os estragos e as mortes que as chuvas torrencias causavam naquela triste noite.
Cinco meses depois, em Trindade, nas horas de folga dentro da Pousada Solstício de Verão, em conversa com minha irmã e moradores nativos, fui saber a dura realidade dos fatos que ocorreram desde o início daquele reveillon até a algumas semanas depois, após tantas chuvas intermitentes.
Vi, como dizem os mineiros, "cum essis zói qui a terra á di cumê, sô", os profundos escalpos que a poderosa mãe natureza fez nas encostas das montanhas da Costa Verde, por quase 300 km da Rodovia Rio-Santos, de Mambucaba a Paraty, de Paraty a Perequê, de Angra dos Reis até próximo da cidade do Rio de Janeiro.
Conta minha irmã que, no reveillon, se viu obrigada a remover os hóspedes do 1º andar da Pousada para o 2º. Motivo? A Vila Trindade ficou alagada 24 horas sob mais de 1 metro d'água. Ninguém entrava e ninguém saia. De um lado, montanhas elevadas e com cachoeiras descendo água. Do outro lado, o mar bravio, ventos sudeste de arrancar telhados e a arrebentação da maré tragando praias e terras e devolvendo a água que ia para o mar. Dá pra imaginar o desespero de todos naquela noite?
Hóspedes, nativos, moradores, pais e mães desesperados, crianças chorando, sem energia elétrica por 48hs e sem acesso à Paraty (23 km da Vila). Nem imaginavam que em outras Pousadas, Vilas e cidades circunvizinhas à beira-mar naqueles momentos e por toda a Costa Verde, centenas de pessoas estavam morrendo.
Transitei na Rio-Santos por um ano a partir do temporal do revellion de 2010.
Vi poucas obras de restauração e prevenção, pouquíssimas...
Pouco li sobre prefeituras e governos estadual e federal tomando providências urgentes para restaurar o que foi destruído e nem vi medidas preventivas ainda mais urgentes para evitar mais e novas tragédias - já anunciadas para o próximo verão...
Nesse um ano, vi nas mídias várias notícias de desvio - corrigindo, de roubo de verbas públicas destinadas às cidades afetadas pelas chuvas, dinheiro este para restauração e reconstrução de ruas e encostas e para a alimentação de necessitados...
Vi nas mídias sobre muitos e muitos roubos das doações de brasileiros de boa alma, do país inteiro, que foram encaminhadas para essas cidades...
Li sobre a constante troca de acusações - principalmente no caso do aterro de lixo de Niterói, relatado no Artigo I aqui publicado, entre os órgãos públicos se isentando ou se omitindo de culpas e responsabilidades...
Vi muitas e muitas famílias, por longo trecho da Rio-Santos, depauperadas pela miséria, má sorte e total falta de atenção de políticas públicas...
Continuo vendo nas mídias idosos, crianças e necessitados morrendo nos hospitais públicos dia a dia, em todo o país, pela falta de competência e de gestão de nossos líderes públicos...
Continuo vendo nas mídias escolas públicas caindo aos pedaços...
Há exatos 50 anos que leio e vejo nas mídias notícias diárias sobre roubos, desvios, associações indevidas, conivências, silêncios, etc. etc e tudo mais semelhante que envolve a carapuça da corrupção, vírus insubmisso que grassa este país desde que me entendo por gente...
Leio e vejo nas mídias todos os dias...
As retiscências são propositadas para conduzir você, leitor e brasileiro, para ir à profunda reflexão sobre as "retiscências".

Vem chuva aí, gente. Preparem-se!
Gritem isto em alto e bom som para seus vizinhos, amigos e parentes porque, se depender de órgãos e líderes públicos, nós morreremos encharcados de lama e entulhos...
As tragédias estão anunciadas...
As políticas estão postergadas e viciadas, conveniadas...
As correções dos problemas estão atrasados e como sempre, cheias de declarações de desculpas e "burrocracia" sobre as correções emergenciais...
As desculpas continuam esfarrapadas!...

Enquanto isto, no Distrito Federal, sob constante temporal de nuvens negras que sempre paira sobre o lago Paranoá e toda Brasília (É uma nuvem cinzenta constante que cobre o DF, chamada corrupção!), a Presidente Dilma "varre a poeira da corrupção, fazendo faxina sim, para debaixo do tapete da sala da presidência"!..."

Vem chuva aí, gente. preparem-se!... E com muita poeira depois que as chuvas passarem, pra sujar ainda mais o país.
Atenção Petrópolis, São José do Rio Preto, Angra dos Reis, Paraty, Teresópolis, Lídice, Mambucaba, Itaipava, etc. etc...
Vem chuva aí, gente!...

Tenho dito!
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Para refletirem ainda mais, leiam este poema de Myrthes Mathias:

"Mentiram-me ontem, e hoje mentem novavmente,
mentem de corpo e alma completamente.
E mentem de maneira tão pungente que acho
que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impunemente,
(...) e de tanto mentir bravamente,
constróem um país de mentira, diariamente.

sexta-feira, setembro 23, 2011

café, leite, queijo minas e broa...

Aqui tá com gosto de cravo, canela, feijão paulista da tia Maria - lá em Alumínio SP, na porta da CBA às 05h da matina, um frio, ou da tia Mariquinha, no Tucuruvi, beliscando meu pé pra ir pra TV Tupi, na 7 de Abril, tia Suely na Vila Ema, alaga até hoje quando a avenida do estado encharca de chuva, me xingando por ter atrasado pra Sony-Motorádio, era embaixo, sem engarrafamento na esquina da Amaral Gurgel, fubá, peixe e jabuticaba de Goianá, broa e caçarola do Tremembé na noite de Natal do Cristo Amado, Nosso Senhor!, das caçarolas e broas das vós e mães Izabel, Ercília, Angelina e Tia Zezé. Com gosto de cachaça com rapadura, essa do vô Albino e do Tio Casinho, lá em Goianá, o "aeroporto internacional de Goianá, novinho"?, isso era brinquedo de criança correndo na beira da estrada nas terras do Eti e do tio Armando ou jogando bola no campo do Flamengo goianense, chupando caramelo de Coronel Pacheco, lá na praça até hoje, com poucos carros, tinha carro de boi toda hora, cheiro de bambú do vô Joaquim tecendo e educando filhos e netos com bambus, balaios, chapéus e cestos enquanto o trem passava no fundo da casa, lá na Cantareira, ainda era Tremenbé cheio de mato, nóis chupando manga com caroço, sem contar tia Esther, aqui perto de mim no Eldorado JF, caçula de tia Ângela, tia Helena, mãe Izabel, pra puxar minha orelha, ela quase da minha idade, pouco mais, afnal, a corrente de ouro com a Estrela de David e o Selo de Salomão da mãe Izabel, a irmã Ercília botou no meu peito, todo mundo viu naquele dia, tio Elias e tia Mariquinha na Sampa amada me olhando em 3G no MSN ou no smartphone, com angú, couve, agrião, pimenta, arroz, feijão..., esses últimos, ainda estão aqui pra comer feijão com arroz e macarrão de domingo, às vezes cabe uma coca-cola, cobrando os mesmos pecados, sem mentiras ou fofocas, agora, em 4G, então, cês tudo pede pra Deus lá de cima ou cá de baixo, pede pra Ele pra ajudar o tempo, a chuva e o sol pra fazer a planta de milho crescer, tenho que fazer broa de FUBÁ pro Brennus, pra neta Jeanine, pro Victor e pra Victoria (com gosto de café paulista com queijo minas) e pra Baby, com cerveja e caipirinha, amo cês tudo!, beijo procês, repito, amo cêis tudo, vem toma café com broa cumigo, Deus vai junto!, tem muita gente distante da realidade digital ou da realidade social, tem que aprender, nóis tem que de alguma forma ensinar, socializar, sei lá, essas coisas de ser igual, como vôs Albino e Joaquim diziam, chibata de couro na mão, se precisasse, vigor com amor nunca dói, dizem até hoje, café, leite, queijo minas e broa =