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terça-feira, setembro 08, 2015

DENÚNCIA: 15 mortes em Trindade, que podiam ter sido evitadas!

DENÚNCIA:
15 mortes em Trindade, que podiam ter sido evitadas!
Fatos - Relatos - Reflexões - Situações e Escolhas.
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06 de setembro. Tragédia na Vila Trindade, em Paraty - RJ!: 15 mortos. Afinal, mais um feriado prolongado em uma Vila de descendentes caiçaras, com 1300 habitantes fixos.
Mas, aonde fica essa Vila Trindade e o que ela representa? Primeiro, ela vive do turismo. Segundo, ela vive da pesca tradicional caiçara.
Curiosa e coincidemente, conheço bem Trindade. Morei lá 1½ ano e, nos últimos 14 anos, tenho ficado 2 meses ao ano por lá, tomando conta da  Pousada Solstício de Verão​, de minha irmã Angélica Machado​, e meu cunhado Jose Custodio Pinto Netto​, que lá moram há 15 anos e têm a Pousada há 27.
Trindade é sui generis e única: praias paradisíacas, cachoeiras, montanhas, brilho da vida encravada em plena Mata Atlântica, na Costa Verde fluminense. Bairro de Paraty-RJ, dista 24 km do centro da cidade. Sem bancos, caixa 24 hs, prédios e asfalto na Vila - que desemboca sua fronte à beira-mar. É tombada pelo Patrimônio, o Parque Nacional da Serra da Bocaina, desde 1972. Prédios lá só podem ter 8,20m. Tem mais: Quem por lá chegou pra morar, chegou! Quem não chegou, não chega mais. Inexistem terrenos para construir. É proibido avançar sobre a Mata Atlântica.
Recebe periodica e historicamente turistas do mundo inteiro em fins de semana e, principalmente, em feriados prolongados, Natal, Ano Novo e Carnaval. A população flutuante na Vila salta para 6, 7, 8, 9 mil pessoas, parte advinda de Paraty (Trindade é considerada 'a Praia de Paraty"), com sua beleza histórica e tradicional há mais de 300 anos, o início da Estrada da Vila Real. Portanto pólos de intenso turismo.
De minha parte, são 25 anos subindo ou descendo a montanha do "Deus me Livre" em seus 8 km desde o acesso, na Rio-Santos, até à descida, na Praia do Cepilho. São dois aclives - pra lá e prá cá, fortíssimos, 8 km de estrada curta na largura, sinuosa e montanhosa. Subi ou desci de ônibus, carro e carona. De ônibus volta-e-meia: passeio na cidade, visita a bancos, médico, Correio (Afinal, até hoje carteiros não seguem até Trindade, infelizmente, heim Correios!). Portanto, conheço com a palma da mão, ou o pé no acelerador, aquela estrada.
Vamos aos fatos e relatos:
Conheço a Colitur e seus ônibus municipais e intermunicipais. Ela cobre a região, de Ubatuba a Angra dos Reis. Vamos aos fatos, especificamente em Trindade:
- Nos fins de semana, são constante filas gigantescas nos pontos finais Paraty-Trindade, com turistas indo e vindo Brasil e mundo afora. Trindade lota de carros e gente;
- Sempre - repito, sempre os ônibus andam lotados, sem carros extras;
- As vans, até recentemente rodando, estão 'impedidas' de rodar. Eram ótima alternativa;
- Raro - repito, raro a Colitur instalar horários extras;
- Os colaboradores (para um bom entendedor...) são mal treinados e preparados. É fácil perceber no dia-a-dia, principalmente quando a linha bairro-cidade é calma de 2ª a 6ª feira;
- Os ônibus, na maioria, têm manutenção de mediana a ruim. Haja visto a qualidade de pneus do ônibus acidentado. No caso, veículo com 10 anos de uso e sem ar condicionado. A perícia mostrará, se for fiel e justa;
- É cansativo e desconfortável rodar 24 km nos ônibus da Colitur. Hajam amortecedores...;
- Acidentes com veículos no trecho são comuns, vários fatais;
- Recentemente, 2 anos, o trecho de 8 km foi 'restaurado', após muitos atrasos em 'notas de empenho' e 'execução de obras'. Sinceramente?: Vi a 'reforma', foi tal e qual o Haddad pintando 'ciclovias' em SP. 'Pintaram' a rodovia sem sinalizá-la e alargá-la como uma ótima obra de engenharia rodoviária exige, principalmente para uma rodovia de alto risco e inclinação;
- Inexiste fiscalização rígida no trajeto nos fins de semana movimentados.
Precisa desenhar?
Vamos às situações:
- Existe fiscalização municipal constante sobre a qualidade dos ônibus?
Afinal, a garagem da Colitur está na avenida principal de Paraty.
- Existe fiscalização federal constante sobre a qualidade dos ônibus?
Afinal, há 2 km do trevo de entrada em Paraty, há um posto da PRF.
- Existe fiscalização estadual constante sobre a qualidade dos ônibus?
Afinal, no início do "Deus me livre", sentido Trindade, no trevo de acesso da Rio-Santos, há um posto da PMRJ.
Ponto final.
Façam suas escolhas. Eu já fiz a minha e tenho a minha resposta:
Inexistem, por parte do Poder Público, nas 3 esferas, rigorosos controles sistêmicos dos 'processos' que envolvem o turismo intenso em Trindade. Por isto, as mortes!
Ah, tem mais: podem vir novas mortes, idênticas ou piores se esse estado de coisas continuar perpétuo.
Tenho dito!
Webert Machado, publicitário.