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sexta-feira, janeiro 13, 2012

Próteses de silicone & vaidade versus brasileiros portadores de necessidades especiais

Próteses de silicone & vaidade versus brasileiros portadores de necessidades especiais (O Brasil e sua profunda inversão de valores!)
(primeiras necessidades versus futilidades e vaidades!, aliás, o inverso.)


A mídia tem divulgado o grave problema que está ocorrendo – ou poderá ocorrer, com  implantes de prótese de silicone em mais de 12 mil mulheres brasileiras, como poderá ocorrer também com milhares de mulheres mundo afora.
Apenas para inclusão no contexto deste artigo – e como prévia reflexão, apresento poema de minha irmã Angélica, escritora, poetisa, empresária do turismo em Trindade, Paraty - RJ, pintora, artista plástica, defensora da vida e do meio ambiente (e mais: bela mulher, na altura de seus 51 anos, sem silicone!), que poetisa bem o tema da busca da perfeição física:
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O Corpo
E daí?
Pensei...
De que vale o corpo?
De que valem suas curvas?
De que valem seus órgãos sem o espírito que o antecede?
De que valem as vestes?
Que vergonha cobriste?
Imagine os animais...
Revestindo seus corpos, envergonhados de seus órgãos;
Loucura, não?
Nossos corpos vivem envergonhados,
Ou expostos como objetos;
Não tenho percebido vergonha nas atitudes da humanidade.
(Não tenho nada contra a bunda mas,
por favor, use a cabeça!)
Angélica Izabel Machado Pinto
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Li artigo do O Estado de São Paulo (abaixo reproduzido) tratando o tema e apresentando ações do SUS e da Anvisa para prevenir e sanar problemas porventura advindos de próteses de silicones (previamente: nunca fiscalizadas e monitoradas) para mulheres que – pela futilidade e seu vazio pessoal, podem vir a ter problemas de saúde caso a prótese dessas estoure ou vaze. Seu criador “científico”, da França e proprietário da Poly Implant Phroteses (PIP) está foragido e sendo procurado pela polícia por explorar a futilidade feminina com silicone industrial (é petróleo do mesmo jeito!).
A mídia tem mostrado a discussão sobre “quem paga a conta para trocar ou extrair o mal que a porcaria implantada poderá causar” (por vaidade e futilidade de mulheres na busca incansável da beleza, que envelhece dia a dia!): a mulher que implantou a prótese?, o SUS?, a previdência privada? Quem pagará nova cirurgia?... Lógico, o seu imposto!
No meio desta discussão bestial, está a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que tem nos seus milhares de membros médicos, profissionais que arremedam para si o dinheiro em troca do preenchimento da vaidade e futilidade da mulher que busca a estética corpórea, quando deveria buscar estética para o caráter!...
Mas o Brasil é o 2º do mundo na exploração imoral da medicina estética, daí a montanha de dinheiro que estão fazendo com a ignorância e o vazio humanos! Até financiamento em 24 suaves prestações já tem para essas cirurgias. A medicina? A medicina que se dane!...
* * *
Aí entra a profunda inversão de valores desta nação:
Sem aqui querer puxar “sardinha para meu prato”, sou pai (assim como 43 milhões de pais brasileiros), de um ser humano com necessidades especiais, portador de paralisia cerebral severa, 31 anos, para o qual nosso governo (nas 3 esferas de poder), desde seu nascimento, pouquíssimo (reafirmo: pouquíssimo mesmo) fez por ele e sua total dependência diuturna, sendo sua progenitora a grande mulher, mãe e heroína que o mantém alegre e vivendo 31 anos dependente absoluto em sua cadeira de rodas. E afirmo e provo: nunca soneguei impostos, roubei, matei ou tive caixa 2 na Suíça!
Tanto quanto meu filho, cegos, mudos, doentes portadores de raras enfermidades, tetraplégicos, cadeirantes etc. – sem aqui incluir idosos dependentes, aos milhões, pouco ou nada têm por toda sua vida pelas políticas públicas específicas e sérias, gerenciadas com qualidade e aparatos técnicos, bio-anatômicos e científicos, para suprir necessidades especiais, nunca vaidades pessoais!
Esses 43 milhões de pessoas portadoras de necessidades especiais vivem diariamente de “pires na mão” em busca de remédios, equipamentos, cadeiras de roda, fisioterapias, cirurgias especiais (raras pela estética), medicamentos e equipamentos de fonoaudiologia ou fisioterapia etc.. Milhares deles recorrem à Justiça para obter benefícios que salvam ou mantém vidas brasileiras...
Enquanto isso, a Anvisa, o Ministério da Saúde e o SUS discutem quem vai pagar a conta da vaidade pessoal de “madames” que buscam o vazio da vida.
Ah, faça-me o favor, tomem vergonha na cara e pensem bem sobre a frase de minha irmã poetisa:
Não tenho nada contra a bunda mas, por favor, use a cabeça!
E completo:
Párem de cagar na cabeça de meu filho e dos demais 43 milhões de brasileiros portadores de necessidades especiais! Respeitem-nos!
Tenho dito!

SUS vai bancar a troca de próteses de seio rompidas das marcas PIP e Rofil
Serão atendidas pacientes que fizeram o implante de silicone para reconstrução mamária ou por fim estético nas redes pública e particular

11 de janeiro de 2012 | 19h 36 - O Estado de São Paulo
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sus-vai-bancar-a-troca-de-proteses-de-seio-rompidas-das-marcas-pip-e-rofil,821546,0.htm

O Sistema Único de Saúde (SUS) irá bancar a troca de próteses de silicone de seios que estejam rompidas de mulheres com implantes das marcas francesa Poly Implant Protheses (PIP) e da holandesa Rofil. Serão atendidas pacientes que fizeram o implante para reconstrução mamária ou por fim estético nas redes pública e particular.
O Ministério da Saúde já havia informado que o atendimento estava garantido para as pacientes com problemas nos implantes desde que não fosse por motivos estéticos. A rede pública faz cirurgias de implantes de silicone nos seios somente para reparação.
A determinação é da presidenta Dilma Rousseff, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano.
“A partir do momento que se identifica a ruptura do implante, é entendida como uma cirurgia reparadora. O SUS ampara e vai amparar as mulheres independentemente da origem da prótese”, disse Barbano, após reunião com representantes dos cirurgiões plásticos e mastologistas.
A rede pública irá financiar a retirada da prótese e também a colocação de outra, conforme Barbano. Estima-se que 12,5 mil brasileiras usam implantes da PIP e 7 mil da Rofil. As duas empresas usaram silicone industrial, não indicado para próteses de seio. O produto aumenta o risco de ruptura do implante ou vazamento o que provoca inflamação da mama ou outros problemas de saúde.
De acordo com Barbano, 39 mulheres enviaram queixas à Anvisa de ruptura da prótese da PIP desde abril de 2010. Elas relataram dores e deformidade no implantes e, após exames, foi constatada a ruptura. As usuárias, segundo o diretor, já fizeram a troca do implante.
A Anvisa e os médicos farão um rastreamento das pacientes para chamá-las para uma avaliação clínica. Ainda hoje, deve ser divulgado um protocolo e uma lista de quais exames as pacientes devem fazer e os serviços de saúde públicos a serem procurados.
A agência reguladora mantém a posição que o implante deve ser removido somente em caso de ruptura ou risco aparente e descarta uma retirada preventiva, como foi recomendada pelo governo francês e a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Catástrofes vergonhosas e gastanças obscenas

Catástrofes vergonhosas e gastanças obscenas

11 de janeiro de 2012 | 3h 08
Roberto DaMatta - O Estado de S.Paulo
O início de cada ano-novo nos apresenta as mesmas imagens das catástrofes causados pelas secas e chuvas. Acidentes ocorrem em todos os lugares e são hoje agravados pela incômoda presença de uma não prevista "razão planetária" dentro do nosso mundinho individualista, construído debaixo do pressuposto de que somos motivados por uma racionalidade de interesses e desejos ilimitados. Alguém já disse que o individualismo só existe para ser perseguido pelo seu contrário. E o oposto de um individualismo consumista que beira a irresponsabilidade e o crime contra plantas, animais e clima é essa Terra que nos pariu, como diziam nossos esquecidos ancestrais, e que reage como uma totalidade na forma daquilo que chamamos de catástrofes porque a nossa cosmologia (fundada numa paradoxal fé científica) nos impede de concebê-la como uma pessoa.
Mas se todos os lugares estão sujeitos a acidentes nem todos respondem aos imprevistos de modo tão catastrófico como ocorre no Brasil. Para tanto, basta olhar o Japão ou qualquer país consciente de sua honra nacional. Pois se há acaso, deve haver prevenção, exceto no caso paradoxal desse nosso país abençoado por Deus, cuidado pelo lulo-petismo, e bonito por natureza. Somente aqui as chuvas nos mesmos lugares e períodos resultam no vergonhoso desamparo de suas vítimas. Esses dependentes de larápios que não têm o menor pudor em embolsar os recursos destinados a reparar o seu sofrimento. O que os acidentes revelam no Brasil é uma gastança obscena e clientelisticamente direcionada. Elas expõem a gulodice eleitoral cujo alvo é enriquecer e permanecer no poder. Seu traço típico é distribuir pelo parentesco e pelos elos partidários. E assim jamais conseguimos sair do reagir para o proagir. As catástrofes desmascaram uma obscena gastança.
* * *
Elas também exibem a nossa profunda alergia ao republicanismo, pois os atingidos são sempre os "pobres": os que vivem na passividade cívica e que, graças a autoridades irresponsáveis, vivem em locais arriscados. Eles são o espelho de nossa alergia a igualdade que - levada a sério - nos obrigaria a optar por planejamentos urbanos destinados a todos. É ofensivo descobrir que "conjuntos populares" são construídos sem infraestrutura! Insulta testemunhar a ladainha dos aflitos conformados com a "vontade de Deus", sem a revolta contra os que foram eleitos para administrar a sua cidade e o seu Estado. Esse conformismo de raiz, mostra quanto somos penetrados por valores hierárquicos que constroem o mundo como sendo feito por superiores e inferiores - aqueles mandando em tudo; estes, destinados ao sofrimento e à dor.
* * *
No Brasil, até a ideologia política moderna que, a partir da Revolução Francesa dividiu o mundo, como mostra o desconhecido estudo de J. A. Laponce entre "direita e esquerda", dentro de um projeto igualitário, foi desmantelada pelas hierarquias que desintegram ministérios inventados para integrar a nação. Tudo em nome do povo, mas, de fato, operando vertical e pessoalmente: em favor do partido X ou de Sicrano ou Beltrano. Mas, eis que surgem as catástrofes naturais para mostrar como as antigas verticalizações, que Laponce situa como típicas dos sistemas tradicionais (divididos entre os que lutam e governam, os que rezam e salvam e os que trabalham; entre irmão, parente, compadre, amigo e o resto), retornam e canibalizam as orientações de índole mais igualitária que estão nas leis e organogramas republicanos, mas que jamais foram inscritas no coração dos que mandam. Daí o absurdo quando se descobre que o ministério destinado a socorrer o País, apenas ajuda a região à qual pertence o seu ministro. E a vergonhosa revelação de que tudo o que foi construído - barragens, estradas, diques, etc... - se desmantelam nas primeiras chuvas porque foram malfeitas e sem dúvida (com as notáveis exceções de praxe) hiperfaturadas e construídas por empresários amigos de infância.
* * *
A despeito de toda enxurrada modernizadora que tem corrido debaixo da ponte brasileira, continuamos a viver o dilema de construir uma sociedade coerente com uma nação republicana (como está no papel) ou de deformar a igualdade numa perversa hierarquia, na qual - como naquele famoso livro de Orwell, certos cargos são mais iguais do que outros. E, mais que isso, certos papéis sociais se confundem com seus ocupantes de modo que qualquer planejamento a longo prazo é impossível. O critério de nomeação é a família e a confiança; jamais a competência. Essa é a chave mestra - em que pese as ideologias - da administração pública à brasileira. O chamado nepotismo é o maior inimigo das rotinas administrativas responsáveis pelos ideais de justiça social. E sem rotinas, não há como ter instituições. Pois as instituições são animadas e dirigidas por meros mortais que passam, mas elas, como o Brasil, não devem morrer.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,catastrofes-vergonhosas-e-gastancas-obscenas-,821299,0.htm

terça-feira, janeiro 10, 2012

Os governos municipal, estadual e federal e suas plataformas de comunicação

Os governos municipal, estadual e federal e suas plataformas de comunicação

Sou publicitário com 35 anos de carreira orgulhosamente construídos sobre uma elite de bons antecedentes profissionais, alguns tendo se tornado história pela contemporaneidade, modernidade e comprometimento com o bem comum, tanto como empresário ou como profissional liberal.
Apesar de especializado em marketing político e estratégias eleitorais e com histórico vencedor de campanhas políticas coordenadas ou dirigidas por mim em várias cidades do país, jamais me permiti aceitar qualquer envolvimento com a administração pública nas 3 esferas de poder. Nunca aceito cargos, nomeações ou indicações, nunca faço lobby ou obtenho favores como "mérito" de uma campanha bem dirigida e vencedora.
Apenas aceito minha contratação profissional: vou lá, coordeno ou dirijo a campanha. Encerradas as eleições, vencedora ou não, recebo meu cheque relativo ao meu fee, arrumo as malas, tomo o avião e volto pra casa com mais um bom antecedente profissional, mais uma missão cumprida!
Da mesma forma, quando me tornei empreendedor da propaganda em março de 1986, defini desde então como diretriz na Dinâmica Propaganda e Comunicação Ltda. - que também fez história e foi referência de mercado, jamais aceitar contas públicas. Cumpri esta Missão!
Esta postura se deve à minha total isenção e discordância profissional da forma como os órgãos públicos tratam as verbas e os investimentos publicitários: no meu entender, é uma constante afronta à sociedade desde que me tornei publicitário nos idos de 1976, na Rede Tupi de Televisão / S.A. Diário de São Paulo.
Senão, vejamos:
Apenas esta semana, ora residindo em Juiz de Fora, vi vários canais da TV aberta veiculando anúncios das prefeituras de Belo Horizonte, Montes Claros e Varginha, e de outros municípios mineiros (alguns com a absurda presença de prefeitos municipais me "desejando feliz 2012", como o de Padre Paraíso, pela Band. Sequer os conheço e suas cidades têm pouca influência direta sobre nossa vida diária!). Pergunto: acaso moro numa dessas cidades? E você, juizforano?
Ao contrário, estamos a 300 km ou mais de distância delas.
Isto é afronta à sociedade, pois a propaganda tem um cálculo técnico chamado CPM - custo por mil, que nós profissionais conhecemos muito bem quando fazemos um plano de mídia de excelência técnica para anunciantes. Nas análises que fazemos como profissionais de mídia focamos sempre o anúncio certo, a linguagem certa e para o consumidor certo, aquele a quem realmente nos interessa atingir com determinado anúncio para vender uma ideia, um produto ou um conceito!
CPM significa: quanto custará o investimento de um anúncio de 30" para atingir mil habitantes (telespectadores)? São esses cálculos técnico-financeiros que nos permitem otimizar a melhor relação custo-benefício de uma campanha publicitária. Daí, pergunto eu:
De que me interessa ver ou ouvir comerciais de Prefeituras distantes 300 km de minha base e sem influência direta em minha cidadania local?
Mas estas plataformas de comunicação de órgãos públicos, salvo raríssimas exceções, são "fórmulas mágicas" que governantes têm para "vender" seu peixe e se auto-promoverem às custas do dinheiro público, do imposto que o cidadão belorizontino ou de Varginha paga para a benesse pessoal de um determinado político.
Da mesma forma, volta-e-meia me defronto com campanhas publicitárias esplendorosas, principalmente de governos estadual e federal, tentando nos vender a ideia de que tudo funciona às mil maravilhas na educação, no transporte público ou na saúde, quando na verdade e na realidade dura e crua da sociedade nossos professores ganham mal e ministram aulas respirando giz o dia inteiro (recurso tão ultrapassado no século 21 e na era da Tecnologiada Informação!), nossos hospitais continuam sucateados e com péssimo atendimento e nossas rodovias, portos e aeroportos significam o maior entrave para o desenvolvimento da nação, o tal do custo Brasil!
Volta-e-meia, repito, nos confrontamos com campanhas publicitárias esplendorosas, principalmente dos governos estadual e federal, tentando nos vender a ideia de que tudo funciona às mil maravilhas... É mentira oficial paga com nosso imposto! Continuemos...
Recentemente, a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora anunciou o investimento publicitário para a "prestação de contas" de suas "ações administrativas" em 2012: apenas e tão somente R$ 5 milhões!
Choquei-me com o valor, suficiente para a construção de duas UPA's - Unidades de Pronto Atendimento equipadas com o que há de melhor na atualidade. Enquanto isto a população padece com escolas, hospitais, saneamento básico etc. depauperados pelo mau gerenciamento da coisa pública!
Sem contar que o Prefeito Municipal com esta gorda verba projeta sua "imagem" de bom moço num raio de 300 km, atingindo mais de 200 municípios da Zona da Mata Mineira, quase 3 milhões de habitantes, plantando sementes de sua imagem de "bom moço" para campanhas futuras, perpetuando na mente das pessoas o seu nome, a sua "grife política" que o perpetua no poder, sempre!
Nada contra qualquer político vender e promover sua imagem de "bom moço", desde que seja com seu próprio recurso, nunca com o dinheiro público e "oficialmente" aprovado por seus pares e por legislações estapafúrdias.
Da mesma forma, tal colocação se expande para outras esferas de poder, cada um na sua dimensão e proporção da verba publicitária investida (melhor dizendo, dinheiro nosso jogado fora!).
No meu entendimento, afirmo com a frase: Para cada tostão de anúncio gasto, um voto futuro conquistado sem a necessária sustentação!
A sociedade precisa acordar para o fato de governos usarem verbas públicas para investimentos publicitários que apenas e tão somente perpetuam suas imagens, seus partidos, nomes e posições políticas, sempre buscando a vitória na próxima campanha eleitoral.
É tão mais fácil, barato e constitucional prefeitos, governadores, ministros e presidentes instalar painéis eletrônicos em cada cidade ou capital, que mostraria diariamente as ações administrativas e, portanto, a prestação de contas de suas ações mas para e tão somente dirigido ao público que interessa: munícipes e moradores locais. Um exemplo: um painel no Calçadão da Rua Halfeld, atualizado diariamente informando as boas ações da Prefeitura Municipal. A notícia corre de boca-a-boca desde que o mundo é mundo. Chamamos isto de propaganda boca a boca!
Há uma profunda distorção no uso desses recursos. Cabe aqui ressaltar e colocar em discussão a seguinte questão:
Afinal de contas, o que nos interessa mais: o dinheiro público sendo usado em anúncios glamourosos, lindos e maravilhosos nas mídias impressa, eletrônica ou digital ou o esse mesmo dinheiro sendo aplicado na construção de estradas, no saneamento básico, na saúde, na educação etc. etc.?...?
Tenho dito!

Este artigo teve resumo publicado no Jornal Tribuna de Minas, de Juiz de Fora MG, em 18.01.2012 - Página 2, Opinião, sob o título "Plataformas de Comunicação".