Publiquei neste, em 09.04.10, artigo intitulado "o Brasil e seus aterros de lixo". Vide no Blog.
Ironia do destino, de 1º de maio de 2010 a 7 de maio deste ano, morei na Vila Trindade, vila de pescadores e caiçaras e bairro de Paraty RJ, na maravilhosa Mata Atlântica tombada, na famosa Costa Verde. Região paradisíaca e de enormes e chocantes conflitos sociais.
Ironia do destino, de 1º de maio de 2010 a 7 de maio deste ano, morei na Vila Trindade, vila de pescadores e caiçaras e bairro de Paraty RJ, na maravilhosa Mata Atlântica tombada, na famosa Costa Verde. Região paradisíaca e de enormes e chocantes conflitos sociais.
De um lado, iates maravilhosos nas marinas e condomínios luxuosissímos e exclusivos...
De outro, a miserabilidade reinando nas encostas das montanhas, para os menos favorecidos...
Lembro-me bem que, no revellion de 2010-11, lágrimas caíam nos meus olhos a cada fala de matéria da Band mostrando os estragos e as mortes que as chuvas torrencias causavam naquela triste noite.
Cinco meses depois, em Trindade, nas horas de folga dentro da Pousada Solstício de Verão, em conversa com minha irmã e moradores nativos, fui saber a dura realidade dos fatos que ocorreram desde o início daquele reveillon até a algumas semanas depois, após tantas chuvas intermitentes.
Vi, como dizem os mineiros, "cum essis zói qui a terra á di cumê, sô", os profundos escalpos que a poderosa mãe natureza fez nas encostas das montanhas da Costa Verde, por quase 300 km da Rodovia Rio-Santos, de Mambucaba a Paraty, de Paraty a Perequê, de Angra dos Reis até próximo da cidade do Rio de Janeiro.
Conta minha irmã que, no reveillon, se viu obrigada a remover os hóspedes do 1º andar da Pousada para o 2º. Motivo? A Vila Trindade ficou alagada 24 horas sob mais de 1 metro d'água. Ninguém entrava e ninguém saia. De um lado, montanhas elevadas e com cachoeiras descendo água. Do outro lado, o mar bravio, ventos sudeste de arrancar telhados e a arrebentação da maré tragando praias e terras e devolvendo a água que ia para o mar. Dá pra imaginar o desespero de todos naquela noite?
Hóspedes, nativos, moradores, pais e mães desesperados, crianças chorando, sem energia elétrica por 48hs e sem acesso à Paraty (23 km da Vila). Nem imaginavam que em outras Pousadas, Vilas e cidades circunvizinhas à beira-mar naqueles momentos e por toda a Costa Verde, centenas de pessoas estavam morrendo.
Transitei na Rio-Santos por um ano a partir do temporal do revellion de 2010.
Vi poucas obras de restauração e prevenção, pouquíssimas...
Pouco li sobre prefeituras e governos estadual e federal tomando providências urgentes para restaurar o que foi destruído e nem vi medidas preventivas ainda mais urgentes para evitar mais e novas tragédias - já anunciadas para o próximo verão...
Nesse um ano, vi nas mídias várias notícias de desvio - corrigindo, de roubo de verbas públicas destinadas às cidades afetadas pelas chuvas, dinheiro este para restauração e reconstrução de ruas e encostas e para a alimentação de necessitados...
Vi nas mídias sobre muitos e muitos roubos das doações de brasileiros de boa alma, do país inteiro, que foram encaminhadas para essas cidades...
Li sobre a constante troca de acusações - principalmente no caso do aterro de lixo de Niterói, relatado no Artigo I aqui publicado, entre os órgãos públicos se isentando ou se omitindo de culpas e responsabilidades...
Vi muitas e muitas famílias, por longo trecho da Rio-Santos, depauperadas pela miséria, má sorte e total falta de atenção de políticas públicas...
Continuo vendo nas mídias idosos, crianças e necessitados morrendo nos hospitais públicos dia a dia, em todo o país, pela falta de competência e de gestão de nossos líderes públicos...
Continuo vendo nas mídias escolas públicas caindo aos pedaços...
Há exatos 50 anos que leio e vejo nas mídias notícias diárias sobre roubos, desvios, associações indevidas, conivências, silêncios, etc. etc e tudo mais semelhante que envolve a carapuça da corrupção, vírus insubmisso que grassa este país desde que me entendo por gente...
Leio e vejo nas mídias todos os dias...
As retiscências são propositadas para conduzir você, leitor e brasileiro, para ir à profunda reflexão sobre as "retiscências".
Vem chuva aí, gente. Preparem-se!
Gritem isto em alto e bom som para seus vizinhos, amigos e parentes porque, se depender de órgãos e líderes públicos, nós morreremos encharcados de lama e entulhos...
As tragédias estão anunciadas...
As políticas estão postergadas e viciadas, conveniadas...
As correções dos problemas estão atrasados e como sempre, cheias de declarações de desculpas e "burrocracia" sobre as correções emergenciais...
As desculpas continuam esfarrapadas!...
Enquanto isto, no Distrito Federal, sob constante temporal de nuvens negras que sempre paira sobre o lago Paranoá e toda Brasília (É uma nuvem cinzenta constante que cobre o DF, chamada corrupção!), a Presidente Dilma "varre a poeira da corrupção, fazendo faxina sim, para debaixo do tapete da sala da presidência"!..."
Vem chuva aí, gente. preparem-se!... E com muita poeira depois que as chuvas passarem, pra sujar ainda mais o país.
Lembro-me bem que, no revellion de 2010-11, lágrimas caíam nos meus olhos a cada fala de matéria da Band mostrando os estragos e as mortes que as chuvas torrencias causavam naquela triste noite.
Cinco meses depois, em Trindade, nas horas de folga dentro da Pousada Solstício de Verão, em conversa com minha irmã e moradores nativos, fui saber a dura realidade dos fatos que ocorreram desde o início daquele reveillon até a algumas semanas depois, após tantas chuvas intermitentes.
Vi, como dizem os mineiros, "cum essis zói qui a terra á di cumê, sô", os profundos escalpos que a poderosa mãe natureza fez nas encostas das montanhas da Costa Verde, por quase 300 km da Rodovia Rio-Santos, de Mambucaba a Paraty, de Paraty a Perequê, de Angra dos Reis até próximo da cidade do Rio de Janeiro.
Conta minha irmã que, no reveillon, se viu obrigada a remover os hóspedes do 1º andar da Pousada para o 2º. Motivo? A Vila Trindade ficou alagada 24 horas sob mais de 1 metro d'água. Ninguém entrava e ninguém saia. De um lado, montanhas elevadas e com cachoeiras descendo água. Do outro lado, o mar bravio, ventos sudeste de arrancar telhados e a arrebentação da maré tragando praias e terras e devolvendo a água que ia para o mar. Dá pra imaginar o desespero de todos naquela noite?
Hóspedes, nativos, moradores, pais e mães desesperados, crianças chorando, sem energia elétrica por 48hs e sem acesso à Paraty (23 km da Vila). Nem imaginavam que em outras Pousadas, Vilas e cidades circunvizinhas à beira-mar naqueles momentos e por toda a Costa Verde, centenas de pessoas estavam morrendo.
Transitei na Rio-Santos por um ano a partir do temporal do revellion de 2010.
Vi poucas obras de restauração e prevenção, pouquíssimas...
Pouco li sobre prefeituras e governos estadual e federal tomando providências urgentes para restaurar o que foi destruído e nem vi medidas preventivas ainda mais urgentes para evitar mais e novas tragédias - já anunciadas para o próximo verão...
Nesse um ano, vi nas mídias várias notícias de desvio - corrigindo, de roubo de verbas públicas destinadas às cidades afetadas pelas chuvas, dinheiro este para restauração e reconstrução de ruas e encostas e para a alimentação de necessitados...
Vi nas mídias sobre muitos e muitos roubos das doações de brasileiros de boa alma, do país inteiro, que foram encaminhadas para essas cidades...
Li sobre a constante troca de acusações - principalmente no caso do aterro de lixo de Niterói, relatado no Artigo I aqui publicado, entre os órgãos públicos se isentando ou se omitindo de culpas e responsabilidades...
Vi muitas e muitas famílias, por longo trecho da Rio-Santos, depauperadas pela miséria, má sorte e total falta de atenção de políticas públicas...
Continuo vendo nas mídias idosos, crianças e necessitados morrendo nos hospitais públicos dia a dia, em todo o país, pela falta de competência e de gestão de nossos líderes públicos...
Continuo vendo nas mídias escolas públicas caindo aos pedaços...
Há exatos 50 anos que leio e vejo nas mídias notícias diárias sobre roubos, desvios, associações indevidas, conivências, silêncios, etc. etc e tudo mais semelhante que envolve a carapuça da corrupção, vírus insubmisso que grassa este país desde que me entendo por gente...
Leio e vejo nas mídias todos os dias...
As retiscências são propositadas para conduzir você, leitor e brasileiro, para ir à profunda reflexão sobre as "retiscências".
Vem chuva aí, gente. Preparem-se!
Gritem isto em alto e bom som para seus vizinhos, amigos e parentes porque, se depender de órgãos e líderes públicos, nós morreremos encharcados de lama e entulhos...
As tragédias estão anunciadas...
As políticas estão postergadas e viciadas, conveniadas...
As correções dos problemas estão atrasados e como sempre, cheias de declarações de desculpas e "burrocracia" sobre as correções emergenciais...
As desculpas continuam esfarrapadas!...
Enquanto isto, no Distrito Federal, sob constante temporal de nuvens negras que sempre paira sobre o lago Paranoá e toda Brasília (É uma nuvem cinzenta constante que cobre o DF, chamada corrupção!), a Presidente Dilma "varre a poeira da corrupção, fazendo faxina sim, para debaixo do tapete da sala da presidência"!..."
Vem chuva aí, gente. preparem-se!... E com muita poeira depois que as chuvas passarem, pra sujar ainda mais o país.
Atenção Petrópolis, São José do Rio Preto, Angra dos Reis, Paraty, Teresópolis, Lídice, Mambucaba, Itaipava, etc. etc...
Vem chuva aí, gente!...
Tenho dito!
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Para refletirem ainda mais, leiam este poema de Myrthes Mathias:
"Mentiram-me ontem, e hoje mentem novavmente,
mentem de corpo e alma completamente.
E mentem de maneira tão pungente que acho
que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impunemente,
(...) e de tanto mentir bravamente,
constróem um país de mentira, diariamente.
(...) e de tanto mentir bravamente,
constróem um país de mentira, diariamente.
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