Fique atento e com senso crítico. Você está sendo manipulado pelo Governo e pelas mídias marrons pelo "Conceito de Hólon".
Hólon?: É simples: você faz parte da família, da rua, do bairro, do clube etc. Assim, "eu influencio você que, por sua vez, influencia o parente, o vizinho, o colega e eles, na sequência, fazem o mesmo, influenciando seus grupos de atuação.
Portanto, fique atento. São manobras para convencer você a qualquer custo!
(A palavra Hólon vem do grego Holos. O seu conceito descreve algo que é um todo em si mesmo e, simultaneamente, uma parte de um sistema maior.)
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Conceito
de Hólon
Fundamentos
Arthur Koestler desenvolveu
o conceito de hólon.
Segundo Koestler, partes e
todo em sentido absoluto não existem. Todas as entidades, das moléculas aos
seres humanos e destes aos sistemas sociais, podem ser consideradas todo no
sentido de serem estruturas integradas e também partes de todos maiores, em
níveis superiores de complexidade.
Os hólons são possuidores
de duas tendências básicas: uma integrativa e outra auto-afirmativa. No que se
refere ao ser humano, tomado aqui como exemplo, a tendência integrativa dá ao
indivíduo a consciência gregária, que o faz sentir-se parte de um grupo, de uma
sociedade, de um todo maior. É graças a ela que o ser humano exercita suas
possibilidades de associação, de cooperação, de organização familiar e
comunitária, de trabalho em grupo. Já a tendência auto-afirmativa lhe confere a
consciência de sua individualidade, de se sentir como pessoa única e especial,
diferenciado dos seus semelhantes pelas características originais de sua
personalidade.
Essas duas tendências
parecem opostas, e realmente são, mas, ao contrário do que pode parece à
primeira vista, não são excludentes. A existência de uma não exclui e não
desobriga a existência da outra. Pelo contrário, elas são complementares e
devem estar em equilíbrio dinâmico. Isso quer dizer que de acordo com o momento
e a situação que o indivíduo está vivendo, uma tendência pode e até deve
predominar sobre a outra. Mas ambas precisam existir de forma hamônica para que
se preserve o equilíbrio - e a saúde - do sistema.
Teoria
de Hólon
Detalhamento
Uma das contribuições mais
importantes para a análise dos sistemas sócio-ambientais, concebida por Arthur
Koestler, foi o conceito de holon, como uma forma de contraposição aos
extremos do reducionismo que valoriza a parte e aos exageros do holismo,
que pretende a hegemonia do todo sobre as partes em todas as circunstâncias.
Ele juntou dois conceitos
gregos – holos (que significa totalidade) e o sufixo – on (que
significa parte ou partícula) – criando um neologismo para explicar as
inter-relações existentes nos sistemas complexos.
"Os termos parte e
todo são relativos e ambíguos. Uma parte, como geralmente usamos a palavra,
significa algo fragmentado e incompleto, que não tem uma existência por si
mesmo. O todo, ao contrário, é considerado como algo completo em si mesmo e
dispensa qualquer explicação adicional." (KOESTLER, 1969).
"Mas, todos e partes,
nesse sentido absoluto simplesmente não são excludentes e portanto coexistem no
domínio dos organismos vivos e das organizações sociais." (KOESTLER,
1969).
"O que encontramos são
estruturas intermediárias em diversos níveis e numa ordem ascendente de
complexidade: partes que se revelam todos, ou vice-versa, de acordo com o modo
como as observamos. Os fonemas, as palavras, as frases são todos, mas são
também partes de um todo maior, assim como são as células, os tecidos, os
órgãos, as famílias, os clãs e as tribos.
Os holons apresentam
três características específicas, visíveis em qualquer tipo de sistema:
1.
Hierarquia.
Significa ordem sagrada, indicando que todo sistema tem uma finalidade e está
organizado hierarquicamente em relação à sua função e ao controle de seus
processos internos.
2.
Códigos
fixos. Dizem respeito às regras que sustentam a identidade do sistema e organizam
a sua estrutura em profundidade e extensão. Contem os limites do sistema,
aquilo que não pode ser mudado, que constitui o seu núcleo essencial. A maior
parte das decisões tomadas com base nesses códigos são rotineiras,
conservadoras e voltadas para a manutenção e para a permanência.
3.
Estratégias
flexíveis. Dizem respeito à dinâmica e à flexibilidade do sistema, bem como às
estratégias que ele usa para sobreviver. Expressam a autonomia do holon
para criar, inovar ou se transformar.
A organização mental e a
social dependem da existência do todo e das partes para sobreviverem. Uma mente
ou uma sociedade sem estruturação hierárquica comportam-se de maneira caótica.
Por outro lado, não existem sistemas monolíticos, padronizados em uma estrutura
única. Os sistemas complexos são organizados em vários tipos de hierarquia
entrelaçadas, a que se dá o nome de estruturas em rede. Cada um desses
níveis da hierarquia detém uma forma autônoma de poder ou de controle, e eles
podem ser rígidos ou elásticos, autoritários ou participativos, mas sempre
existem. Assim, cada holon atua como uma unidade autônoma, tem uma
individualidade, uma identidade; não podendo sofrer a hegemonia do todo sobre
as suas partes.
A dicotomia entre o todo e
as partes se manifesta na polaridade de duas tendências inerentes a cada holon:
a integração e a auto-afirmação. Essas tendências ocorrem sob diferentes
formas, nos vários níveis da hierarquia, como mostra a tabela abaixo. A
polaridade dessas duas tendências constitui o núcleo da Teoria dos holons.
O conceito de holon é dialético, comporta a harmonia e a dissonância, a
análise e a síntese, o funcionamento e a oposição. O holon é o símbolo
da contradição entre a parte e o todo, a autonomia e a dependência. Esse
paradoxo é inseparável da vida das pessoas. Portanto não existe a hegemonia do
todo sobre as partes.
Essas forças contraditórias
existem potencialmente em todos os sistemas. São energias vitais, importantes e
necessárias, mas que devem coexistir em equilíbrio dinâmico. É importante observar
que essas características em si são neutras. A eficiência de seu uso é uma
questão de grau. Se utilizadas em excesso, tornam-se negativas. Se
inexistentes, geram estagnação. Existe um ponto de equilíbrio que precisa ser
encontrado e respeitado para que o holon funcione de maneira adequada.
As tendências
contraditórias dos holons atuam nos sistemas porque não existe
organização sem antagonismos. Por isso, todos os sistemas vivos estão sujeitos
às crises. Toda crise, seja qual for a sua origem, traduz-se por uma falha na
regulação do sistema, ou seja, no controle de seus antagonismos. Por outro
lado, os antagonismos irrompem quando há crise. Podem também deflagrar crises
que estão em latência. Quando a crise se manifesta, a desordem se propaga no
sistema. Quanto maior for a complexidade do sistema, maior é a possibilidade de
desordem e, portanto, maior é o perigo de crise. Paradoxalmente, é também maior
a capacidade do sistema para vencer suas dificuldades e tirar proveito delas
para o seu desenvolvimento.
"O mundo atual,
marcado pela velocidade das mudanças, é um mundo em crise. A palavra crise (do
grego krisis) significa momento de decisão. Tomar decisão durante as
crises é muito difícil, devido às incertezas que, quase sempre, estão presentes
nesses momentos. Entretanto, dependendo da forma como é administrada, a crise
pode ser benéfica, porque traz dentro de si a semente da inovação. Ao criar um
impasse, a crise obriga a uma tomada de decisão."(MOURA, 1978).
Um organismo está em
equilíbrio quando as tendências auto-afirmativas e integrativas de seus holons
se contrabalançam mutuamente. Nos momentos de tensão ou de crise, esse
equilíbrio se rompe e o holon tende a perder o controle. Sua
auto-afirmação se transforma em agressividade, seja o holon um indivíduo,
uma organização ou um sistema social maior. O holon superexcitado pode
monopolizar suas funções em detrimento da totalidade e esta só funciona como
todo se as partes funcionarem como partes.
Quando o processo se
inverte, ou seja, quando há dependência excessiva, o poder do todo sobre as
partes corrói a autonomia e a individualidade e o holon perde a sua
identidade. Isto pode conduzir a uma regressão das tendências integrativas,
levando a formas primitivas de relações objetais. Cria-se um abismo entre a identidade
e a totalidade.
Nos momentos de crise, a
existência simultânea de paradigmas novos e velhos dificulta a tomada de
decisão porque as diferentes visões de mundo e seus referenciais perceptivos
específicos fazem com que cada um considere as alternativas e conseqüências de
maneira personalizada. Em condições normais, as tensões surgidas nessas
transações são passageiras. A decisão correta devolve o equilíbrio ao sistema,
redirecionando-o para as suas finalidades. Isso explica porque as grandes mudanças,
tanto nas pessoas como nos sistemas sociais, costumam acontecer após os
períodos de crise.
Bibliografia
KOESTLER, Arthur. O
fantasma da máquina. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.
MOURA, Paulo C. O
benefício das crises. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978.
Fonte
http://www.profcordella.com.br/unisanta/textos/tgs12_nocao_e_teoria_do_holon.htm